Estudantes contestam votação do modelo Cívico-Militar; Escola Alfredo Olivotti garante transparência

Foto: Arquivo da Internet

Na última quinta-feira, 10 de julho, às 14h, foi realizada uma votação na Escola Estadual Alfredo Olivotti para decidir sobre a adesão ao modelo cívico-militar. Embora o processo tenha registrado cerca de 400 votos — entre estudantes, profissionais da educação, pais e responsáveis — alunos alegam que o horário foi inadequado, dificultando a participação ampla da comunidade estudantil.

De acordo com informações ao Jornal Mais Extrema, como forma de reivindicação, os estudantes que não compareceram à votação organizaram um abaixo-assinado que já reúne mais de 200 assinaturas verificadas de alunos, pais e responsáveis. O grupo solicita a realização de uma nova votação em horário acessível e com ampla participação dos estudantes.

Segundo informações repassadas ao Jornal Mais Extrema, apenas 331 estudantes participaram da votação na Escola Estadual, número inferior ao total de alunos matriculados. Além disso, muitos relataram compromissos com trabalho e cursos no horário da votação, o que impediu sua presença. Outro ponto levantado foi a falta de comunicação eficaz nos grupos de classe, reduzindo o engajamento da comunidade escolar.

Resposta da Escola Estadual Alfredo Olivotti

A direção da Escola Estadual Alfredo Olivotti informou ao jornal Mais Extrema que todas as etapas necessárias para a adesão ao modelo de escola Cívico-Militar foram devidamente cumpridas.

Segundo a escola, o processo teve início com uma consulta interna aos servidores, cuja maioria manifestou apoio à proposta. Em seguida, o projeto foi submetido à votação no Colegiado Escolar — órgão deliberativo composto por representantes de professores, pais e alunos —, sendo aprovado por unanimidade. A etapa seguinte envolveu a oitiva da comunidade escolar. Participaram da assembleia alunos com mais de 15 anos, pais e servidores, convocados com antecedência mínima de 48 horas. A divulgação ocorreu por meio das salas de aula, redes sociais e murais da instituição. O resultado da votação também foi favorável à implantação do projeto.

Após a conclusão das etapas locais, as atas e registros da votação foram encaminhados para análise da Secretaria de Educação em Belo Horizonte. A escola ressaltou que o processo foi conduzido com transparência. Professores e vice-diretores comunicaram presencialmente os alunos sobre a realização da assembleia. Em nota, a instituição esclareceu ainda que a proposta de escola Cívico-Militar não prevê a transformação da unidade em um colégio Tiradentes. O apoio será prestado por integrantes da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros, atuando nos períodos de entrada, saída e na mediação de conflitos. A gestão pedagógica permanecerá sob responsabilidade da equipe escolar, caso o projeto seja aprovado pela Câmara Estadual.

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