MPF determina instalação de radares na Fernão Dias entre Estiva e Pouso Alegre

Foto: Celso Ricardo

A Procuradoria Geral da República determinou que a concessionária responsável pela administração da Rodovia Fernão Dias instale cinco radares de velocidade no trecho compreendido entre os municípios de Estiva e Pouso Alegre, em Minas Gerais.

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A medida surgiu após uma denúncia feita pelo advogado Guilherme Abraão, em novembro de 2022, à Procuradoria Federal. Na ocasião, ele alertou para as condições precárias do trecho e sugeriu ações emergenciais para reduzir o número de acidentes.

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“Chegamos a propor medidas iniciais que pudessem ajudar a minimizar os riscos, inclusive algumas adequações estruturais no local”, explicou o advogado.

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A denúncia levou o Ministério Público Federal a abrir um inquérito civil para investigar a situação. Com base nos dados coletados entre os anos de 2019 e 2020, foi elaborado um extenso relatório com quase 800 páginas. Nesse período, foram registradas 123 ocorrências no trecho, número considerado alarmante pela Procuradoria da República, que passou a exigir providências urgentes.

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A decisão, publicada no dia 25 de março deste ano, determina o prazo de 120 dias para a instalação dos redutores de velocidade entre os quilômetros 858 e 876 da rodovia. A execução será de responsabilidade da concessionária Arteris, enquanto a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ficará encarregada da fiscalização e autorização do uso dos equipamentos.

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Para o especialista em trânsito Alessandro Lopes, os radares podem ajudar, mas não resolvem sozinhos. “Em áreas de risco elevado como essa, é fundamental controlar o fluxo de veículos. Isso se faz com boa sinalização, educação no trânsito e campanhas de conscientização, algo que algumas concessionárias já têm implementado para reduzir os acidentes, principalmente os fatais”, afirmou.

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Entretanto, a opinião entre motoristas é dividida. Muitos alegam que, além dos radares, a infraestrutura da rodovia precisa de melhorias urgentes. “Se o acostamento fosse nivelado, seria mais seguro. Hoje, a pista tem muita trepidação”, comentou o caminhoneiro Anselmo João Mazuco.

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