Guerra política entre prefeito João Batista e pré-candidato Fabrício causa alarde sobre cancelamentos de cirurgias em Extrema

Uma verdadeira guerra política foi instaurada nesta última semana em Extrema, após o surgimento do fato de que a Prefeitura Municipal estaria cancelando cirurgias e cortando as verbas que eram destinadas ao Hospital Maternidade São Lucas, unidade hospitalar pertencente à família Bergamin. O caso repercutiu nas redes sociais e diversas frentes manifestaram suas versões através de vídeos divulgados no Instagram.

Tudo começou quando o vereador Pericle Mazzi Filho publicou em suas redes sociais um depoimento falando sobre o caso, na ocasião ele tinha acabado de passar por um procedimento cirúrgico e gravou o vídeo deitado em um dos leitos do Hospital, onde justificou o porquê das negativas da Câmara em relação às suplementações encaminhadas pela Prefeitura: “A Câmara já sinalizou há mais de meses para que a Prefeitura faça um envio de suplementação da saúde num processo único, pois eles mandam várias outras coisas e no meio ele incluem o projeto da saúde… Aí eles deixaram acontecer agora de pessoas terem as cirurgias canceladas por baixo dos panos, nesse modo operandis ridículo de querer responsabilizar a Câmara sobre isso. Esses ‘Cavalos de Tróia’ e essas coisas que eles querem empurrar junto não vão ser aprovadas, porque isso é uma forma baixa de usar da saúde do povo”, relatou Pepi.

Em contrapartida, o Prefeito João Batista veio a público num vídeo de 7 minutos para tranquilizar a população e explicar a polêmica que tinha sido explanada pelo vereador: “Recentemente, a prefeitura recebeu uma carta do hospital comunicando o cancelamento de cirurgias de urgência e emergência, devido a questões de pagamento e essa novela já vem acontecendo há tempos, pois a unidade já vinha pegando a gente de surpresa e suspendendo cirurgias por problemas estruturais e falta de anestesistas, problemas estes que foram contornados temporariamente, mas a crise continua. E agora, por questão de pagamento, eles estão dizendo que vão suspender as cirurgias, o que não é verdade, pois em 7 anos e meio de governo, eu e o Juliano nunca tivemos problemas com pagamentos para fornecedor, nem em época de pandemia. Queria tranquilizar a população e dizer que nós temos algumas cirurgias agendadas nessa próxima semana e iremos fazer a transição desses pacientes para outros hospitais da região, que farão todos os procedimentos cirúrgicos que estão na nossa fila de demanda”, rebateu o Prefeito.

Em resposta, o pré-candidato Dr. Fabrício Bergamin emitiu um Boletim de Ocorrência contra o prefeito por difamação, tendo em vista que ele teria feito diversas acusações falsas sobre o Hospital e sobre ele: “Ao invés de vocês ficarem fazendo fake news, com inverdades, vocês deveriam estar se preocupando em colocar o Hospital Público Municipal em funcionamento por completo e assim as mamães poderiam voltar a ganhar os nenéns aqui em Extrema e a gente teria de novo extremenses nascendo no município. Peço para que vocês parem de politizar a saúde para os moradores, de procurar culpados e de arrumar desculpas pela sua própria incapacidade de gerir o município. Para mim está claro o desespero, porque as eleições estão chegando”, finaliza o doutor.

O vídeo de resposta publicado na página do Dr. Fabrício chegou a ser reproduzido mais de 70 mil vezes, chegando a bater 2.350 curtidas, enquanto o vídeo do João teve um alcance menor de 42 mil visualizações.

Ainda diante do que foi exposto pelo prefeito sobre o atraso nos pagamentos, o Diretor Cícero do Hospital Maternidade, também veio a público, alegando que há mais de 1 ano a Prefeitura atrasa os pagamentos das cirurgias que são pagas com base no SUS, porém houve aí um descumprimento do contrato, o que gerou uma dívida de mais de R$1 milhão: “Suspendemos temporariamente as cirurgias eletivas, mas mantemos as de urgência e emergência para garantir a saúde dos pacientes”, concluiu o gestor.

Em meio aos posicionamentos e versões opostas, a equipe de redação do jornal também procurou uma terceira versão, por parte dos próprios pacientes que vivem esse descaso e de antemão recebemos o contato de 3 pessoas que tiveram suas cirurgias canceladas pelos convênios particulares da Unimed e do GNDI, que apoiam o próprio Hospital, informando que não havia médicos e nem anestesistas disponíveis para tal procedimento e que a nova médica contratada estaria com o pé quebrado. O Jornal tentou um contato com a administração do hospital, pedindo esclarecimento sobre os fatos, porém até a publicação desta matéria o hospital não retornou nosso e-mail, que foi encaminhado na última quinta-feira (6).

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