Extrema em chamas: Incêndio devasta Serra do Lopo e combate às chamas se estende por mais de 24 horas

Foto: ricardoqtrodrigues

Nesta última semana o município de Extrema vivenciou um verdadeiro cenário de guerra, onde um incêndio de grande proporção atingiu vários pontos da Serra do Lopo, devastando o mioma da Mantiqueira. Não se sabe a magnitude exata deste colapso ambiental, mas o que se tem ideia é que nenhuma propriedade teve sua moradia ou o seu empreendimento afetado.

O fotógrafo Ricardo Rodrigues, que registrou alguns momentos cruciais do incêndio, relatou tamanho medo em acompanhar de perto o fogo incontrolável: “Em 50 anos que resido aqui, nunca tive problemas, porém, de 15 dias pra cá pude presenciar o fogo chegar perto da minha casa por duas vezes, tendo que realocar meus familiares e meus cachorros para outro ambiente, longe das chamas e da fumaça”, afirmou.

Segundo informações da Defesa Civil, cerca de 40 servidores atuaram no combate, o que envolveu uma ação conjunta entre brigadistas florestais municipais, bombeiros militar e civil, além de servidores das secretarias de obras, turismo e meio ambiente. As equipes acumularam mais de 24 horas de combate ao fogo devastador, enfrentando situações de mata fechada, topografia acentuada, condições secas e o vento em constante mudança.

Em mais de 24 anos de serviço público, a coordenadora da Defesa Civil, sra. Renata Almeida afirma que nunca tinha visto algo tão parecido como esse cenário tão devastador: “Nossos heróis não mediram esforços para enfrentar essa batalha, tendo que ignorar o cansaço, a exaustão e o calor. Sabemos que a mata se recupera em questão de anos, mas até lá, perdemos parte do maior patrimônio natural do nosso município, devido ao crime ambiental, que desta vez venceu a batalha”, enfatizou Renata.

Perguntada sobre a causa do incêndio, a coordenadora da Defesa Civil não descartou a possibilidade de um possível ato criminoso: “Acreditamos que pessoas maldosas e cruéis usaram oportunamente do tempo seco para cometer o crime ambiental e destruir grande parte de uma área de preservação, mas mesmo cansados, nós estamos de pé e com vida! Saímos de lá com a certeza do dever cumprido, tendo por fim uma ajuda extra, já que na noite de 24 de agosto, Deus nos trouxe a chuva”, concluiu a servidora pública.

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