Lula afirma que, se disputar eleição em 2026, será “para vencer”

Lula reforça que, se concorrer em 2026, será para derrotar a extrema direita e manter o Brasil no caminho do desenvolvimento.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Durante entrevista ao podcast Mano a Mano, conduzido pelo rapper Mano Brown e publicada nesta quinta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a possibilidade de concorrer novamente à Presidência em 2026. Segundo o presidente, uma eventual candidatura será com o objetivo claro de vencer.

“Se eu decidir entrar na corrida presidencial, será com seriedade e com o propósito de ganhar, não apenas participar. E, claro, de forma democrática”, afirmou Lula.

Ele também destacou a importância da aceitação dos resultados eleitorais. “Se vencermos, espero que todos respeitem o resultado. Tenho plena convicção, Mano Brown, que até setembro do ano que vem, podemos voltar a conversar, e o Brasil estará em ordem”, declarou.

Ao falar sobre o cenário político para as próximas eleições, Lula observou que a oposição ainda busca um nome forte para a disputa. “Vejo todo dia aparecerem nomes como Tarcísio de Freitas, Ratinho Junior, Ronaldo Caiado, Romeu Zema… Isso é parte do processo democrático. Que escolham o candidato que quiserem”, comentou.

Esses nomes mencionados por Lula são de governadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, atualmente, está inelegível e por isso não poderá disputar o cargo.

Lula também afirmou que fará o possível para impedir o retorno da extrema direita ao comando do país. “Se depender da minha disposição física e da minha consciência política, eles não voltam ao poder. Quem quiser me vencer terá que caminhar mais, discursar mais e se conectar mais com o povo do que eu. E, sinceramente, duvido que algum deles consiga isso”, disse.

Além do debate eleitoral, Lula falou sobre a importância da exploração de petróleo no Brasil e a transição energética. Segundo ele, apesar de ser favorável à redução do uso de combustíveis fósseis, é preciso encarar a realidade: o mundo ainda depende fortemente do petróleo.

“Defendo que se caminhe para um futuro sem combustíveis fósseis, mas precisamos ser realistas: o planeta ainda não está pronto para abrir mão do petróleo”, afirmou. Para o presidente, o recurso pode ser utilizado de forma estratégica. “O petróleo pode deixar de ser visto como um vilão se for usado com responsabilidade. Ele pode financiar a transição energética de que o mundo precisa”, completou.

Lula citou exemplos do uso de biocombustíveis no Brasil: “Hoje, nossa gasolina já contém 30% de etanol, o que reduz a emissão de gases de efeito estufa. No caso do diesel, já temos 15% de biodiesel na composição. Estamos fazendo avanços significativos”.

Sobre a possível exploração de petróleo na Margem Equatorial, o presidente afirmou que o governo ainda avalia a situação, mas que não se pode ignorar essa potencial riqueza. “Estamos estudando a área. Se encontrarmos petróleo em quantidade significativa, precisaremos tomar uma decisão responsável. Não podemos abrir mão dessa oportunidade enquanto outros países continuam explorando suas reservas”, declarou, referindo-se à Petrobras como uma das líderes mundiais em exploração em águas profundas.

Por fim, Lula concluiu: “Não faz sentido o Brasil abrir mão de sua soberania energética enquanto Estados Unidos, França, Noruega e Catar seguem explorando petróleo. Precisamos desses recursos para garantir o desenvolvimento e a transição energética do nosso país”.

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