Extrema: Boom econômico que esconde desafios

A cidade continua a se destacar como um dos principais polos de geração de empregos em Minas Gerais. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Extrema e Pouso Alegre lideraram a criação de novas vagas formais no Sul de Minas em 2024.

Até julho, Extrema registrou um saldo positivo de mais de 2.600 postos de trabalho, resultado de 18.929 admissões e 16.263 desligamentos. Esse desempenho consolidou a posição da cidade como um dos destinos mais atrativos para quem busca oportunidades de trabalho na região.

É importante destacar que esse resultado não é uma novidade para Extrema. Em 2022, a cidade já havia assumido a primeira colocação no ranking de geração de empregos no Sul de Minas. A manutenção desse desempenho em 2024 demonstra a solidez da economia local e a capacidade de atrair novos investimentos.

Dentre os fatores que contribuem para tal desenvolvimento está apresença de um forte parque industrial, com empresas de diversos setores, o que contribui significativamente para a geração de empregos, como o ambiente favorável para os negócios, com infraestrutura adequada, incentivos fiscais e mão de obra.

Com base nos resultados obtidos até o momento, as perspectivas para a geração de empregos em Extrema são bastante positivas. A cidade tem potencial para continuar crescendo e atraindo novos investimentos, consolidando ainda mais sua posição como um dos principais polos econômicos de Minas Gerais.

Embora a geração de empregos em Extrema seja um indicador positivo e atraia cada vez mais olhares, é fundamental analisar o cenário de forma abrangente. A explosão econômica da cidade também traz consigo desafios que precisam ser enfrentados pela população e pelo poder público.

A demanda por mão de obra qualificada em Extrema tem superado a oferta local. Consequentemente, muitas empresas têm recorrido à contratação de profissionais de outras cidades, o que pode gerar um desequilíbrio no mercado de trabalho e pressionar os salários.

A alta demanda por mão de obra e o crescimento econômico têm impulsionado a valorização dos salários em Extrema. No entanto, essa valorização não tem acompanhado o ritmo da inflação e do aumento do custo de vida, o que tem gerado insatisfação entre os trabalhadores. A alta demanda por imóveis, por exemplo, tem levado a um aumento significativo nos preços dos aluguéis e dos imóveis à venda, dificultando o acesso à moradia para muitos.

Extrema vive um momento de grande transformação. É fundamental que o crescimento econômico seja acompanhado por políticas públicas que garantam a qualidade de vida da população e a sustentabilidade do desenvolvimento. Ao enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades, a cidade pode se consolidar como um modelo de desenvolvimento para outras cidades do país.

Por Luana Gasparetto

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